Há cerca de 40 anos que se estava à espera deste feito, mas apenas este ano o acordo ortográfico está a ser implementado nas escolas e tem dado muito que falar… penso que veio complicar um pouco a nossa forma de escrever.
Do meu ponto de vista, sendo ele aceitável ou não, considero que é uma mais valia simplificar a Língua Portuguesa, revendo a grafia de certas palavras que contêm letras no meio que não se pronunciam, no entanto, é preciso recordar que temos uma língua com muitos anos de história, não queremos perder a nossa identidade.
Sou a favor da retirada de letras no meio das palavras, no caso de «baptismo» ou «óptimo», entre outras. Mas há pormenores que ainda me chocam, pelo menos do aspeto visual, como por exemplo «minissaia» ou «antirrugas», e todos os outros casos em que é necessário dobrar o «s» e o «r».
De certa forma, o que me incomoda mais é a adaptação que tenho de fazer da minha forma de escrever, uma vez que as gerações mais novas não vão notar qualquer diferença. No caso dos adultos e das pessoas de outra faixa etária mais avançada, talvez nem deem tanta importância a este feito, escrevem como têm escrito até agora e pronto!
Quero apenas reforçar a ideia de que não era necessário mudar: a nossa Língua Portuguesa estava muito bem como estava.
João Vieira Antunes, n.º20, 9.ºC