Era uma vez uma
menina que escrever não sabia. Mas o seu desejo era tão grande e sincero que
partiu de sua casa, de mala às costas, procurando pelo mundo fora quem a
ensinaria.
Ei-la aqui
chegada, tão só e cansada… achais que pode ser ajudada?
(6º C) Chegada à porta do
Mosteiro, admirou assombrada o seu tamanho. Era alto, sólido, construído em
pedra clara de calcário. A meio da fachada, via-se uma rosácea com vitrais
coloridos. A porta era enorme, em arco redondo de madeira forte com uma grande
fechadura de ferro. Usou o pendente em forma de leão para bater…
Esperou… e esperou
mais um pouco… até começar a ouvir ao longe passos ecoando no interior. A
enorme porta abriu-se rangendo e de lá de dentro um monge espreitou.
A menina, de seu
nome Maria, deu um passo atrás assustada.
(5.º C) O monge era muito
alto e grande, ao contrário dela, que ao vê-lo se sentiu minúscula. O cabelo
castanho cobria-lhe a cara, tornando-o ainda mais assustador.
Maria deu dois
passos atrás, mas prontamente o monge lhe dirigiu palavras simpáticas:
- Não te assustes!
Aqui ninguém te fará mal!
Maria não disse
nada.
Estendendo-lhe a
mão, o monge convidou-a a entrar e perguntou-lhe:
- Como te chamas?
A medo, a menina
respondeu:
- Maria…
No mesmo tom
simpático, o monge continuou:
- O que te traz
aqui, Maria?
(6º A) Maria, a medo,
transmitiu ao monge que a sua missão era aprender a escrever.
O Monge sorriu…
carinhosamente, abriu completamente a pesada porta do mosteiro e abriu caminho
a Maria.
A menina seguiu
atrás dele, enquanto admirava a grandeza do espaço. Altas colunas suportavam um
teto abobadado. O ar era frio… mas acolhedor.
Enquanto caminhava
pelo chão de tijoleira imaculadamente encerada, a sua insegurança acerca da
aventura que a esperava, crescia.
O monge deteve-se
diante de uma alta escadaria de pedra.
- No cimo desta
escada, encontrarás o que procuras… vamos – o monge começou a subir sempre com
Maria no seu encalço.
No topo da
escadaria, o monge abriu mais uma porta de madeira. O que se vislumbrou lá
dentro fez os olhos de Maria brilharem como estrelas. E o seu peito encheu-se
de emoção.
Altas estantes
cheias de livros atafulhavam a sala. Maria estava maravilhada.
Olhou
distraidamente pela janela e no jardim do claustro do mosteiro observou aquilo
que lhe pareceram ser várias crianças da sua idade.
(6ºB) Maria constatou
que essas crianças estavam a ler e a escrever. Curiosa, perguntou ao monge:
- Será que
poderei, eventualmente, aprender a ler e a escrever como aquelas crianças?
- Claro que sim!
Se esse é o teu desejo, deves realizá-lo. – respondeu o monge. – No entanto,
primeiro, teremos que testar as tuas capacidades.
Nesse sentido, o
monge propôs-lhe um desafio, colocando-lhe à sua frente um lápis e uma folha
para verificar o que ela sabia fazer.
Perante este
desafio, Maria ficou nervosa, pois sabia que apenas conseguiria escrever o seu
nome. Rascunhando, ela tentava escrever algo, porém, sentiu-se entre a espada e
a parede, pois eram apenas rabiscos.
(5ºB) Após esta prova, o monge pensou como poderia resolver aquela situação e decidiu
dedicar-se a ajudá-la a aprender a ler e a escrever.
Com esta sugestão,
Maria ficou muito receosa, pois considerava que não iria conseguir. No entanto,
o monge tranquilizou-a, dizendo-lhe:
- Não estejas
nervosa. Com o tempo verás que consegues.
Dia após dia, o
monge reparava que Maria estava a progredir e estava cada vez mais interessada
pela leitura e pela escrita, por isso propôs-lhe que escrevesse um texto.
(5.º A) Maria, muito
entusiasmada, aceitou o desafio. Era o seu primeiro texto e ela queria que
ficasse perfeito, por isso sentia o coração a bater muito, como se a qualquer
momento saísse pelo seu peito. Então, o monge, vendo o estado da menina, deu-lhe
um conselho:
- Leva o tempo que
precisares, não te esqueças que estamos sempre aqui para te apoiar.
Ouvindo estas
palavras, Maria sentiu-se mais segura e confiante. Começou a escrever e pensou
que seria muito bonito escrever uma carta aos monges que a tinham ajudado a
realizar o seu sonho. Quando acabou de escrever a carta, Maria dirigiu-se aos
aposentos do monge e deixou a carta em cima da secretária. Nesse instante,
reparou num grande livro que tinha como título “Os primeiros textos escritos em
Português”. Vendo isto, Maria percebeu que como o seu primeiro sonho já estava
realizado, na continuação do mesmo, decidiu partir pelo mundo com a missão de
ensinar todas as crianças que tal como ela tinham como maior desejo aprender a
escrever…